O Chaves está no Twitter!
Falando em atores criadores e empreendedores, essa semana rolou uma entrevista com Roberto Bolaños, o eterno Chaves, que revelou muitas curiosidades ao fãs do Brasil e de outras partes do mundo pela sua página no microblog Twitter.
Depois de aderir à rede social, seu primeiro tweet foi:
“Olá. Sou Chespirito. Tenho 82 anos e está é a primeira vez que tuíto. Estou debutando. Sigam-me os bons!”
Conhecido como “Chespirito” (apelido que quer dizer “pequeno Shakespeare” que ganhou do cineasta Agustin P. Delgado, que achava que Roberto era capaz de escrever histórias tão prolíficas e versáteis como o autor inglês), Bolaños fez sucesso mundial com os personagens criados por ele mesmo, que conquistaram milhões de fãs.
Chaves, o menino pobre, órfão, que morava em um barril, foi o personagem mais que mais cativou crianças e adultos ao redor do mundo. Talvez pela sua condição social, o menino fisgou a identificação do público latino-americano, que via em Chaves, qualquer garoto sua própria vizinhança.
Chapolin, o herói tipicamente latino-americano, com superpoderes que eram mais engraçados do que poderosos, fez famosos os bordões: “Não contavam com minha astúcia!”, “Sigam-me os bons” e “Palma, palma, palma, não priemos cânico!”.
Antes de estrear como ator, Bolaños se destacou como roteirista para rádio, TV e cinema, sendo responsável pelo conteúdo do programa “Cómicos y Canciones”, que fez muito sucesso na TV mexicana, naquela época.
Após 10 anos trabalhando como roteirista, Chespirito ganhou uma oportunidade de atuar em suas próprias histórias nos seriados 'Los supergenios de la Mesa Cuadrada' e 'El Ciudadano Gómez . Nascia aí, a sua carreira de ator.
Com o sucesso na TV na década de 70, Roberto ganhou mais espaço e o programa ficou recheado com mais esquetes. Foi aí que o público ficou conhecendo o herói Chapolin Colorado, e um ano mais tarde, os personagens da vila do Chaves, ou “El Chavo del 8”.
Os personagens fizeram tanto sucesso que ganharam formatos de seriados semanais, virando mania nos países da América Latina, inclusive no Brasil, nos anos 80.
Roberto também escreveu e dirigiu filmes, além de ter gravado discos com os temas do Chaves e Chapolin.
Roberto Gomez Bolaños faz parte da memória da maioria dos brasileiros, como o eterno Chaves. Mas para a classe artística, fica mais um exemplo de história de sucesso, de um homem que não ficou esperando a grande oportunidade cair do céu e correu atrás dos seus sonhos, e o mais importante de tudo, ele criou.
Por Rafael Pucca
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